Os rins são os órgãos responsáveis pela filtração do sangue produzindo um equilíbrio de água e sais do corpo, além de exercer uma função importante na eliminação de algumas substâncias metabolizadas pelo organismo. Para isso, cada rim é composto de um milhão de pequenas estruturas chamadas de néfrons. Existem vários tipos de câncer de rim, mas o mais comum deles é uma consequência da transformação das células dos túbulos que formam os néfrons, que passam a se proliferar de uma forma anormal e ganham a capacidade de invadir o órgão e , em alguns casos, entrar na circulação e desenvolver tumores em outras partes do corpo denominadas metástases.
Em todo o mundo, cerca de 3% dos cânceres que acometem os adultos têm origem nos rins. O câncer de rim é duas vezes mais comum nos homens do que nas mulheres e atinge com mais frequência pessoas entre 55 e 75 anos de idade.
O câncer de rim raramente causa sinais ou sintomas em seus estágios iniciais. Nos estágios mais avançados, no entanto, alguns sintomas são muitos comuns, como: presença de sangue na urina, dando a ela uma coloração avermelhada e dor nas costas persistente, concentrada principalmente logo abaixo das costelas
O número de casos novos de câncer de rim vem aumentando no mundo inteiro nas últimas décadas, em especial nos países industrializados. Uma possível razão para esse aumento pode estar relacionado ao maior acesso a exames de imagem, como tomografia computadorizada, ultrassom e a ressonância magnética, que levam à identificação da doença em um estágio precoce e sem sintomas.
Alguns fatores de risco estão relacionados ao desenvolvimento desse câncer como o uso de cigarro, a hipertensão arterial e a obesidade. Além disso, pacientes com insuficiência renal crônica em uso de hemodiálise estão sob um maior risco de desenvolver câncer de rim. Algumas síndromes genéticas raras também aumentam o risco de desenvolver câncer de rim.
O tratamento do câncer de rim baseia-se na ressecção cirúrgica do tumor. Nos casos em que o tumor é pequeno e de localização favorável, a nefrectomia parcial ou ressecção somente da parte do rim com o tumor deve ser sempre preferida. A nefrectomia radical ou ressecção total do rim só deve ser realizada nos casos mais avançados, ou nos casos em que a localização do tumor no rim não permita a realização de ressecção parcial. A cirurgia pode ser feita por incisão aberta (convencional) ou pela via robótica e laparoscópica (minimamente invasiva), que leva a uma recuperação mais fácil por parte do paciente.