O câncer da próstata (CaP) é a segunda causa mais comum de morte por câncer em homens. Nos países desenvolvidos o câncer de próstata corresponde a 15% dos cânceres em homens. O câncer de próstata é classificado como um adenocarcinoma, ou câncer glandular, que inicia quando as células glandulares secretoras de sêmen da próstata sofrem mutações e se transformam em células cancerosas. Estima-se que nos Estados Unidos em média 1 em cada 6 homens irá desenvolver a doença com uma projeção de mais de 164.000 diagnósticos nos Estados Unidos e mais de 68.000 novos casos no Brasil para 2018. Existem três fatores de risco bem estabelecidos para o câncer de próstata: aumento da idade, origem étnica e predisposição genética. Alguns dados clínicos sugerem que fatores de risco exógenos, como dieta, padrão de comportamento sexual, consumo de álcool, exposição a radiação ultravioleta e exposição ocupacional também podem ter papel importante para desenvolvimento do câncer. A Idade é o fator mais importante, sendo incomum antes dos 45 anos de idade e mais comum após os 60-65 anos. Apresenta um risco progressivamente maior após os 50 anos de idade. História Familiar: Se um parente de primeiro grau (pai ou irmão) já desenvolveu a doença, o risco é maior ( por volta de 2 a cada 6 homens ) e conforme maior o número de parentes de primeiro grau maior o risco.
Como o câncer de próstata localizado ou em estágio inicial normalmente não causa sintomas, deve-se tentar descobrir a doença antes dos sintomas aparecerem e para isso preconiza-se a realização do exame da próstata pelo toque retal e a coleta de um exame de sangue, o PSA (Prostate-Specific Antigen ou seja, antígeno prostático específico). Por isso a necessidade de acompanhamento com Urologista e de se realizar anualmente o exame de PSA e toque retal em homens acima de 50 anos ou acima de 45 anos naqueles com fatores de risco. Exame de toque: ou exame digital da próstata pelo reto, é realizado pelo médico para identificar áreas endurecidas na próstata e outras alterações que podem ser suspeitas de câncer.
O diagnóstico é feito através de biópsia (retirada de pequenos fragmentos por agulha fina introduzida pelo reto) guiada por ultra-som e feita com sedação, quando achados no exame clínico (toque retal) combinados com o resultado da dosagem do PSA (antígeno prostático específico) no sangue sugerirem a existência da doença. Os fragmentos removidos são analisados por um médico patologista que evidencia a existência ou não do problema. O relatório anatomopatológico deve fornecer a graduação histológica do sistema de Gleason, cujo objetivo é informar sobre a provável taxa de crescimento do tumor e sua tendência à disseminação, além de ajudar na determinação do melhor tratamento para o paciente.
Quando o diagnóstico é confirmado pela biópsia, é necessário realizar uma série de exames que irá determinar se a doença está localizada na prostate ou se já se está um pouco além dos limites da próstata, ou se células malignas já se espalharam para outros órgãos como ossos, linfonodos e outros. Por isso a estratitificação de risco da doença e a realização de exames de Cintilografia Óssea e Ressonância Nuclear Magnética podem ser necessário.